Olá amigos, retomando aos poucos a atividade do blog.
Mais uma parte da história do capitão Miguel Mordecay em sua busca pela resposta sobre o desaparecimento de milhões de pessoas em todo o mundo. Caso ainda não saibam, Miguel Mordecay e seu irmão Gabriel, são dois personagens importantes na ambientação do meu jogo Profecia - RPG, também disponível na área de downloads do RPG Cristão.
Se você ainda não está acompanhando, abaixo estão os links para as partes enteriores.
Capítulo 1 parte 1 Capítulo 1 parte 2 Capítulo 1 Final Capítulo 2 parte 1 Capítulo 2 parte 2 Capítulo 2 Final Capítulo 3 parte 1 Capítulo 3 parte 2 Capítulo 3 parte 3 Capítulo 3 parte 4 Capítulo 3 Final Capítulo 4 parte 1 Capítulo 4 parte 2 Capítulo 4 parte 3
Espero que Gostem.
- Estranho! Deveria haver muita gente circulando por aqui
nesta hora, é a troca dos turnos. – Observou Henrique enquanto desembarcava do
aparelho.
Henrique aproximou-se da lateral da porta, tocou com a mão
espalmada no leitor biométrico que ali se encontrava e deu um comando de voz:
- Abrir e acender.
- Boa noite Henrique! – soou uma voz metalizada nos
alto-falantes mais próximos de Henrique.
Fiquei impressionado. Até a IAGH do hotel tratava seu dono
pelo primeiro nome. Henrique realmente não gostava de muitas formalidades.
- Explique fechamento. – ordenou o empresário.
- Às 15 horas e 45 minutos, os sensores indicaram que muitos
colaboradores deixaram seus postos simultaneamente e não puderam ser
localizados nas dependências da unidade GRER*, 49 segundos depois começou a
formar-se um tumulto na recepção e a equipe de segurança foi acionada em várias
localidades da unidade. Principal reclamação: desaparecimento de pessoas. O
tumulto cresceu e muitos hóspedes e colaboradores se evadiram da unidade. Por
medida de segurança, após 40 minutos sem atividade humana no hangar fecharam-se
as portas e apagaram-se as luzes. Também estão fechadas a cozinha 2 e as salas
de máquinas do anexo administrativo e das piscinas. – informou a IA com sua voz
robótica.
Henrique, eu e Oscar entramos no hangar enquanto os outros
aguardavam no ADT. Embora todos estivessem ansiosos por buscar informações
sobre seus familiares e amigos, e tentar entender o que estava acontecendo,
diante do relato da Inteligência artificial, decidiram que seria mais seguro se
todos aguardassem juntos. O hangar estava silencioso e vazio, o único ruído que
se ouvia era o eco do som produzido pelo contato do chão com os solados dos nossos
sapatos, entramos vagarosamente, perscrutando toda a área do prédio em busca de
alguma coisa que nos desse uma pista do que havia acontecido ali. Havia em
alguns pontos do hangar amontoados de roupas de técnicos, mais precisamente 4
que pareciam ter evaporado de dentro de seus uniformes. Dois deles estavam mais
ou menos no meio do hangar, dispostos lado a lado, o que deixava claro que os
dois técnicos aos quais aqueles uniformes pertenciam estavam conversando ou
caminhando juntos, outro uniforme estava em uma das plataformas elevadas,
praticamente escondido, as únicas coisas que denunciavam sua presença ali era,
uma das mangas que jazia pendurada para fora da plataforma, uma luva que estava
caída na exata direção de onde a manga do uniforme estava e um PAD de
diagnóstico eletrônico que ainda pendia preso pelo fio à asa do V-Jet
estacionado próximo à plataforma. O quarto uniforme estava próximo do motor de
propulsão de uma aero-limousine, o que indicava que aquele técnico estava
trabalhando naquele motor quando desapareceu. Nos escritórios tudo estava em
ordem, todos os computadores devidamente desligados pela IAGH (Inteligência
Artificial de Governança Hoteleira).
A quantidade de ferramentas e equipamentos fora do lugar
deixava claro que as pessoas saíram correndo, provavelmente por medo ou por
oportunismo. O fato é que tudo foi deixado como estava e o local abandonado,
ninguém ficou, se quer para avisar ou para tomar alguma providência. O que
estava acontecendo? O que poderia ser tão grave a ponto de as pessoas pararem
tudo o que estavam fazendo e abandonarem seus postos de trabalho sem nenhum
aviso? Estas eram as perguntas que povoavam nossas mentes enquanto exploravamos
o enorme prédio no inicio da noite.
- Aparentemente o local foi abandonado quando ocorreram os
desaparecimentos. – Comentei.
- Com certeza. Mas o que me espanta é que nem os
supervisores permaneceram. – Respondeu Henrique com ar indignado – IAG!
Consegue localizar Carlos Ramos?
- Sim Henrique. Ele está na recepção neste momento. – soou a
voz metálica do IAGH.
- Ligue-me com ele.
- Imediatamente! – foi a resposta da Inteligência
artificial. Segundos depois sua voz robótica foi substituída pela voz grave de
Carlos.
- Sim Henrique?
- O que está acontecendo? Porque não há ninguém no hangar? –
interrogou o dono do Resort.
- Diversos hóspedes e funcionários desapareceram por todo o
Resort. Alguns colaboradores simplesmente abandonaram seus postos sem
autorização, somando-se aos que desapareceram ficamos com todas as equipes
reduzidas. A segurança foi muito prejudicada e o Sandro me pediu ajuda com
pessoal, sendo assim designei um contingente das pessoas mais preparadas da
manutenção para atuarem temporariamente como reforço da segurança sob as ordens
do Sandro e ordenei que o IAG fechasse o hangar. – Carlos fez uma pausa em seu
relatório e em seguida continuou. – Henrique isso aqui está um caos. Estamos
todos trabalhando para tentar manter a ordem, mas as pessoas também estão
preocupadas com seus parentes e amigos.
- Ok, vou lacrar o hangar e estou indo para aí.
- Ok. – Carlos Respondeu e os alto-falantes silenciaram
novamente.
Continua...
Comentários
Postar um comentário
Deixe seu comentário, mas mantenha o respeito. Só serão aceitos comentários identificados, assuma seu ponto de vista, identifique-se. Comentários com palavrões e ofensas serão excluídos, todos os demais (mesmo que discorde do ponto de vista apresentado) serão publicados e na medida do possível respondidos.