Olá amigos do RPG Cristão, olha eu aqui mais uma vez. Desta vez inspirado pelo blog de RPG Pergaminhos Dourados (alíás, vi o link do RPG Cristão lá nos Pergaminhos, valeu cara) resolvi postar uma ficção que já estou escrevendo há algum tempo, e que é muito influenciada pela série Deixados para Trás que eu já comentei aqui. Como o texto é bem grande vou postá-lo em partes.
Para não esticar muito, pois o texto já é longo (a ideia era escrever um livro), vamos ao que interessa. Espero que gostem.
Ps. este post foi dividido em mais partes para facilitar a leitura. (o nome Semana Final, também foi mudado)
1° Capítulo – O Capitão em seu QG
A obra A Semana Final de Alexandre Lissoni foi licenciada com uma Licença Creative Commons - Atribuição - Uso Não Comercial - Obras Derivadas Proibidas 3.0 Não Adaptada.
Podem estar disponíveis permissões adicionais ao âmbito desta licença em www.rpgcristao.com.br>.
Para não esticar muito, pois o texto já é longo (a ideia era escrever um livro), vamos ao que interessa. Espero que gostem.
Ps. este post foi dividido em mais partes para facilitar a leitura. (o nome Semana Final, também foi mudado)
1° Capítulo – O Capitão em seu QG
Profecia, A saga de Mordecay
Os primeiros raios de sol do dia penetram
no quarto, mas não me incomodaram. Embora isso não seja comum, já estava
acordado desde antes do amanhecer, o estranho sonho despertou-me há algumas
horas e desde então não consegui mais pegar no sono. Minha mente racional e
militar vagueava repassando cada detalhe daquele sonho, tentando decifrá-lo.
Então alguns acordes suaves me tiraram de meu devaneio e logo em seguida ouvi a
voz sintetizada, porém gentil de Alfred.
- Bom dia senhor, hora zero oitocentos, a
temperatura interna da casa é de 23 graus, a temperatura externa de 32 graus.
- Bom dia Alfred. Como está o clima hoje?
- Manhã ensolarada com previsão de chuva no final da tarde
senhor. – Soou a voz sintetizada do IAR (Inteligência Artificial Residencial). – Senhor! Os sensores da casa registraram
que o senhor despertou muito antes do horário habitual. Há algo que precise ser
ajustado no ambiente? – inquiriu a voz
robótica que saia de alto-falantes muito bem integrados e camuflados na
arquitetura da casa.
- Não Alfred, obrigado pela preocupação,
foi apenas um sonho estranho.
Na verdade aquilo que no inicio do século
XXI era chamado de casa inteligente, hoje não passava de tecnologia
ultrapassada. Já em 2028 quase 85% das edificações do planeta possuíam uma
Inteligência de Governança Automatizada, que controlava quase todas as funções
das residências e prédios. Logicamente, quanto mais complexa e personalizada
era a IAR, mais caro ela custava, o próprio Alfred, havia sido desenvolvido
pelos engenheiros da COMSAT exclusivamente a pedido de meu pai, assim que me
formei no Colégio Naval. O nome Alfred também fora uma sugestão do velho,
fazendo referência ao mordomo de herói das antigas HQs do final do século XX e
início do XXI. Meu pai sempre foi fã de histórias em quadrinhos. E conseguiu
transmitir a mim e meu irmão esta herança.
Ouvi o chiado mecânico característico que
indicava o deslocamento de quase toda a parede oriental do quarto para dar
lugar a um closet muito bem organizado, onde as roupas e acessórios de
exercício estavam em primeiro plano em uma prateleira especifica. Claro que
embora Alfred controlasse automaticamente quase 90% das funções da casa, para
algumas tarefas ainda era necessária a intervenção humana, a preparação de
alimentos e a arrumação física da casa incluindo gavetas, armários e
utensílios, ainda eram feita por copeiras e arrumadeiras humanas, ou pelo
próprio dono da casa, neste caso, eu.
Como militar que era a minha rotina era bem
rígida. Levantava-me todos os dias às 8 horas, tomava uma vitamina de frutas
com iogurte batido e exercitava-me por uma hora, tomava um banho e subia para a
copa onde tomava meu café da manhã propriamente dito.
Após os exercícios, entrei na copa já de
banho tomado e trajando meu roupão preferido. O cheiro de pão misturado com
frutas e café invadiu minhas narinas como um suave perfume. Ao lado da mesa
cuidadosamente montada de forma a estimular o apetite até mesmo de alguém que
tivesse acabado de comer um boi inteiro. Alex meu jovem cozinheiro já me
esperava, como sempre, totalmente vestido em seu uniforme perfeitamente branco
de chef de cozinha, com um largo e sincero sorriso. O pequeno Alex, apesar de
sua pouca idade e tamanho, já havia demonstrado um talento natural para a
culinária, era quase um gênio da cozinha, além de extremamente disciplinado.
Sem dúvida nenhuma uma das melhores contratações já fiz.
- Bom dia Alex! Como vai?
- Bom dia senhor! Eu vou bem graças a Deus.
E o senhor?
- Preocupado! – Respondi em tom sério.
- Com o que senhor? Posso ajudá-lo em
alguma coisa? – O jovem perguntou com ar de preocupado, mas sem temer ser
intrometido. Já me conhecia bem e sabia que eu não daria abertura para um
assunto se não pretendesse compartilhá-lo.
- Estou preocupado, rapaz, pois se você
continuar a cozinhar assim, serei obrigado a aumentar minha carga de
exercícios. – Sentei-me na cadeira já com aquele sorriso de criança levada.
- É um prazer fazer o melhor pelo SENHOR. –
respondeu o jovem com uma frase de duplo sentido, referindo-se a Deus,
imaginando que eu não perceberia.
- Tenho certeza disto. – Entendi sua
resposta, mas isso não se incomodou. Conhecia bem a religião do garoto.
- Senhor! Uma chamada de vídeo de seu filho.
Devo transferir? – Soou nos alto-falantes a voz robotizada de Alfred.
Assustei-me por um momento havia me
esquecido da “onipresença” de Alfred em casa. De fato, apesar de já estar
acostumado com as Intervenções da IAR ainda achava estranha a idéia de estar
falando com alguém que nunca via, mas que estava em todos os lugares da casa ao
mesmo tempo. Por vezes pedia a Alfred que exibisse sua representação gráfica em
algum monitor de vídeo próximo para diminuir esta sensação. E o mais estranho é
que, às vezes, quando ia à igreja com meus pais e mais tarde com Luz, minha
esposa, as pessoas diziam que falavam com Deus, eu me sentia incomodado e não
raras vezes inquiria as pessoas – Como posso falar com alguém que diz que está
em todo lugar, mas eu nunca vejo? – Agora eu falava com um programa de
computador, mas ainda não conseguia falar com Deus. Será que um dia conseguiria?
A obra A Semana Final de Alexandre Lissoni foi licenciada com uma Licença Creative Commons - Atribuição - Uso Não Comercial - Obras Derivadas Proibidas 3.0 Não Adaptada.
Podem estar disponíveis permissões adicionais ao âmbito desta licença em www.rpgcristao.com.br>.
Parabéns Ale, você provou mais uma vez que a Igreja pode impactar o mundo, ao invés de sermos impactados por ele.
ResponderExcluirVi o seu link no Pergaminhos Dourados! :D
Qual o sistema de RPG você usa para jogar, é próprio ou não?(grande dúvida).
Obrigado Pr. Rogers.
ExcluirPenso que temos que nos apropriar daquilo que Deus nos capacitou e o Diabo tem nos roubado.
O sistema de Profecia- RPG é próprio, levei cinco anos para desenvolvê-lo com a ajuda de Deus.
O senhor pode baixar o livro na página de downloads aqui do RPG Cristão. Logo logo estarei colocando algumas atualizações do sistema, mas assim que fizer divulgarei aqui no blog.
Que Deus o abençoe.